segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Claudia Alencar se destaca pela autenticidade de personagens.



Claudia Alencar sempre teve uma queda por personagens exóticas. Muitas delas povoaram o imaginário do público em tramas como Tieta, onde ela interpretava Laura, que virava a temida Mulher de Branco, que atacava os homens nas noites de lua cheia. Ou a Patativa, uma das três mulheres do trígamo Tabaco, vivido por Osmar Prado em Roda de Fogo. Por isso, Claudia assegura que nem se surpreendeu quando foi chamada às pressas para entrar emVidas em Jogo, da Record.


Na trama de Cristianne Fridman, esta atriz paulista interpreta Adalgisa, mulher de Dona Augusta, de Denise Del Vecchio, uma transexual. Ela decidiu mudar de sexo ainda casada com Adalgisa. No entanto, antes da cirurgia, o casal teve Raimundo, de Rômulo Arantes Neto. "Achei maravilhoso, ousado e moderno a Record tratar desse assunto. As novelas precisam dessas ousadias. A sexualidade das pessoas é difusa, cada um sabe do que gosta. O amor delas na história independe da definição sexual", elogia.


Nome: Claudia Gomes de Alencar. 
Nascimento: Em 12 de julho de 1950, em São Paulo. 
Primeiro trabalho na TV: "Em 1972, fiz um teleteatro na Globo com o Antunes Filho: Somos Todos do Jardim da Infância. Fiz a protagonista e tinha o Antônio Fagundes como meu galã". 
Atuação inesquecível: "Muitas. Tive vários auges. As que mais gostei foram a Teresa de Prova de Amor, a Patativa, de Roda de Fogo, e a Perla Menescal, de Fera Ferida". 
Interpretação memorável: Glória Pires em "Mulheres de Areia", como as gêmeas Ruth e Raquel. 
Ao que assiste na TV: "CQC", "Desperate Housewives" e "Vidas em Jogo". 
Ao que jamais assistiria: "Nada com violência e programas 'trash'". 
O que falta na televisão: "As novelas poderiam ser mais ousadas. O nível de interpretação, texto e direção está aquém do que era nas décadas de 70 e 80. Não temos mais uma novela como Saramandaia ou Roque Santeiro". 
O que sobra na televisão: "Porcarias". 
Ator: Lima Duarte. 
Atriz: Laura Cardoso. 
Com quem gostaria de contracenar: Lima Duarte. 
Se não fosse atriz, seria: "Escritora, psicanalista, dançarina, pintora". 
Novela preferida: "Dancin' Days", de Gilberto Braga. 
Cena inesquecível na TV: "Glorinha Pires com a Regina Duarte, como Maria de Fátima e Raquel, em Vale Tudo. Elas conversavam normalmente, mas a Maria de Fátima estava enganando a mãe". 
Melhor abertura de novela: "De Tieta, que a Isadora Ribeiro se transformava em uma árvore". 
Canção de trilha sonora inesquecível: "Garotos II - O Outro Lado", do Leoni, de "Fera Ferida". 
Vilão: Renato Mendes, de Fábio Assunção, em "Celebridade". 
Personagem mais difícil de compor: "A Adalgisa, porque entrei de uma hora para outra na novela". 
Papel que trouxe mais retorno do público: "A Patativa, de Roda de Fogo". 
Que novela gostaria que fosse reprisada: "Dancin' Days". 
Personagem que gostaria de interpretar: "Gabriela, do romance de Jorge Amado. Ela independe da idade. Poderia fazer no teatro". 
Par romântico inesquecível: "Thiago Lacerda e a Ana Paula Arósio, como Matteo e Giuliana, em Terra Nostra". 
Com quem gostaria de fazer par romântico: Antônio Fagundes. 
Filme: "A Pele que Habito", de Pedro Almodóvar. 
Livro: "Todos da Katherine Mansfield". 
Diretor: Walter Salles. 
Autor: O cineasta japonês Akira Kurosawa. 
Vexame: "Nunca sei o nome das pessoas". 
Mania: "Deixar todas as pias limpas e secas". 
Medo: "Vários. De ficar doente e sofrer e de não ter dinheiro no futuro". 
Projeto: "Meu filme, meu livro e minha peça que vou fazer, onde falo sobre as provas da existência de Deus".


Fonte: TERRA/Notícias

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Claudia Alencar lança livro. Veja as fotos!

A atriz  Claudia Alencar  recebeu o carinho de vários amigos famosos na noite de segunta-feira (5) no lançamento de seu livro. O evento aconteceu na Livraria Cultura, no Shopping Fashion Mall, em São Conrado, zona sul carioca. 
A atriz da Record lançou o seu "Refinamento e Loucura". 
Várias celebridades estiveram no local prestigiando os lançamentos.








quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A vida múltipla de Cláudia Alencar. by: BrunoAstuto


Cláudia Alencar vai lançar seu quarto livro, Refinamento e Loucura, dia 5, na Livraria da Cultura, no Shopping Fashion Mall. “Não vivo sem escrever, ler e atuar. E sem meus filhos, sem me apaixonar e sem boa comida. A lista é grande”, diz a atriz, antes de explicar o que o leitor vai encontrar em 135 poesias. “O livro reflete poeticamente a existência finita, cotidiana da mulher e tenta desvendar poeticamente o que nunca foi desvendado: a paixão”.
Diante de tanta inspiração, a coluna quis saber: está apaixonada? “Sou mesmo viciada em paixão, mas com equilíbrio. Digamos que eu tento o equilíbrio inconstante” (risos). Estou casada comigo e nos damos muito bem, mas tenho uns namoricos que fazem bem, mas nada sério. A vida é múltipla”, filosofa ela.

Cláudia Alencar: atriz volta às novelas e lança livro!

Cláudia Alencar volta às novelas, lança livro e revela que é uma mulher feliz e realizada com a carreira que escolheu. 



Há quase 3 anos longe das novelas, foi em "Vidas em Jogo", trama da Record, que a atriz, escritora e artista plástica Cláudia Alencar retornou para as novelas, na pele de Adalgisa, funcionária de uma grife de moda. Nesse intervalo, ficou “enchendo seu poço criativo”, como disse em entrevista exclusiva à "Conta Mais", por meio de 12 cursos. Escritora desde os 12 anos, hoje coleciona 4 livrospublicados, sendo o último, Refinamento e Loucura, a ser lançado em 5 de dezembro, no Rio de Janeiro. Cláudia confessa que escreve para se salvar, mas, acaba salvando os outros com esta outra forma de arte. No entanto, é como atriz que ganha o pão nosso de cada dia, nesses 35 anos de carreira, feliz e realizada, após ter nadado contra a maré. O pai médico torcia o nariz para a profissão que ela abraçou. Mas, determinada, cursou duas faculdades: a do sonho e aquela que contentaria a família. Nesse bate-papo, Cláudia Alencar viaja ao passado e pensa no futuro com maturidade, sonhos e muitas realizações.

Desde 2008 que você não fazia novelas. A última foi Os Mutantes. O que ficou fazendo nesse intervalo? Você também é escritora e artista plástica. Ficou se dedicando a esses outros talentos?
Fiz 12 cursos, entre eles de interpretação, com professores do Actor’s Studio; de escrita poética; de artes plásticas, no Parque Lage; de canto; de saúde alternativa Body Talk –; palestras na Casa do Saber, em São Paulo; sobre qualidade de vida, enfim, fiquei enchendo meu poço criativo. Depois, parti para dar vida ao que aprendi. Fiz meu quarto livro de poesia Refinamento e Loucura, (que será lançado em 5 de dezembro, no Rio de Janeiro); uma exposição de fotos sobre as mulheres, com um dos melhores fotógrafos da Vogue européia, J. C. Bergamo, que deverá ser exibida em 2012 e estou captando para minha peça solo A Arte de se Encontrar, dirigida por Moaccir Chaves.
De onde surgiu o dom da escrita?
Aos 14 anos ganhei o concurso de poesia nacional, promovido pelo jornal Correio Brasileiro, mas, eu queria ser médica. Meu avô foi um médico notório em Campinas
(SP). Escrevo desde os 12 anos. Comecei com diários e depois segui escrevendo dia a dia, que evoluiu para poesia, contos e, também, continua sendo a forma que encontro de meditar, me entender e refletir sobre o mundo. Tenho 3 livros de poesia: Maga Néon, Sutil Felicidade e 50 Poemas Escolhidos pelo Autor, todos já esgotados, esperando uma segunda edição. Escrevo para me salvar. E, quando publiquei percebi que também poderia salvar outros. A arte salva, alegra e alivia.
Em quem se inspirou para fazer a Adalgisa? É complicado entrar com uma trama em andamento?
Perla Menescal entrou no quarto mês de A Fera Ferida, de Aguinaldo Silva, novela da Globo, mas eu me preparei para fazer o personagem. Adalgisa já entrou de supetão, em duas semanas. Estou encontrando-a aos poucos, fazendo menos, para ver se ela tem a coragem de vir até a mim com seu olhar, andar e personalidade. Ela está se construindo sob o olhar do público. É um desafio e tanto.

Como surgiu o convite?
Avancini (Alexandre, o diretor) me convidou a fazer a personagem, pois, sabia que eu queria muito fazer uma novela da Cristiane (Fridmann, a autora) e com ele.
Esta é sua quarta produção na Record, e sob a direção de Alexandre Avancini. Podemos dizer que você é uma das queridinhas dele?
Não há panelas na Record. Talvez por ser nova, esse fenômeno ainda não acontece. Eu adoro a criatividade, a sensiblilidade,inteligência e meiguice do Avancini,
mas, não sou a queridinha dele. Ele me chamou porque precisava mesmo de uma personagem com o meu phisique du role para a trama. Nós trabalhamos a serviço da obra em primeiro lugar. Não tenho favoritismo de ninguém.
Podemos dizer que, na maturidade de 35 anos de carreira, você já atingiu estabilidade financeira vivendo do que ama fazer: interpretar?
Por incrível que pareça sempre vivi de atuar, seja no teatro, TV ou cinema. Além do talento, a persistência nessa profissão é fundamental. Não podemos desistir nunca, apesar das dificuldades des inerentes, dificuldades que qualquer ator do planeta sofre igualmente. Antes, eu dava aula para Faculdade de Artes Cênicas (sou bacharelada e licenciada em Teatro pela Universidade de São Paulo e fiz pós graduação) e trabalhava num centro de artes em que pesquisava sobre teatro.

em São Paulo. Minha vida sempre foi voltada para o teatro; a arte de interpretar e depois para as letras e artes plásticas, mas, não ganho o pão de cada dia com essas duas.
Olhando para trás, mudaria algo ou faria tudo outra vez?
Gostaria de não errar os mesmos erros. De não repetir padrões. De ser mais ousada. Gostaria tanto de ser melhor. Vejo que tinha muitos medos que hoje rio deles, que ultrapassei obstáculos, mas poderia tê-los ultrapassado com mais rapidez. Mudaria muita coisa se pudesse voltar no tempo. Lendo meus diários é que vejo minha evolução e minha lentidão de aprendizado na vida. Porém sou assim. Procuro sempre o meu melhor, mas, nem sempre consigo. O que me alegra é que agora não me culpo por isso. Aceito minhas imperfeições.
Você pode relembrar quando decidiu ser atriz?
Aos 17 anos queria fazer EAD – que era curso de nível técnico e não universitário – para ser atriz. Houve uma discussão terrível em família com meu pai, que me impediu de fazer. Fiz a faculdade de Sociologia e Comunicações e Artes ao mesmo tempo – uma de manhã outra, à tarde. Sociologia para contentá-lo e Comunicações para me contentar. Sempre dancei, pintei e fiz teatro de brincadeira. Eu me sentia uma criadora, embora com todas as dúvidas: será que sou mesmo? Nasci com a alegria de criar. Poderia ter nascido para a alegria de curar. Mas, curo com ficção. Acabei virando uma médica.
O que enfrentou de dificuldades? Pensou em desistir?
Na carreira inteira senti dificuldades. Se fazia sucesso, como tantos que fiz, acabava a novela ou o teatro e não tinha mais trabalho para mim... Sempre fui de correr atrás de trabalho. Nunca pensei em desistir, porque a alegria, o prazer de estar num palco, num set de gravação, criar um personagem, vivê-lo, é tão vital para minhasaúde como beber água.
Trabalhou em outras áreas para poder atingir seu sonho? Para custear estudos, sobreviver em uma profissão tão instável?
Fui professora universitária e de ensino médio de teatro por 5 anos. E pesquisadora de teatro por 5 anos também. Comecei minha carreira profissional com 25 anos e nunca mais parei, tendo esses trabalhos como fonte de renda durante uns 5 anos. Depois, minha atriz foi generosa e me deu o pão de cada dia.
Ter chegado aos 60 te assustou ou teve alguma outra idade que a preocupou mais?
Os quarenta anos me assustaram. Entrada nos enta. Mas, agora nada me assusta, porque penso que sou muito jovem. Imaginou se eu tivesse 90? Sou uma garota perto das mocinhas de 90. Penso no futuro, não no passado. E, a cada ano fico mais jovem no meu aniversário: mais jovem que o ano que vem. Não é verdade também? Tudo é uma questão de olhar. E, meu olhar cada vez mais caminha do escuro para o claro.
Você ainda mantém uma afirmativa que fez em entrevista, no passado de que não tem medo da morte? Como se consegue isso? Tenho medo da morte de meus filhos. Muito. De meus amigos. Da minha?
Nasci sozinha. Morrerei sozinha. A Natureza sabe o que faz. Vamos dar fé a ela, ou a Deus, como quiserem pensar. E, sei que sou uma mulher muito feliz porque tive uma carreira que escolhi para ter prazer, dar prazer, para dar cultura, para ter cultura e porque tive filhos e eles são melhores que eu.
O que sonha para sua vida daqui para frente? Já está preparada para ser avó?
Yann tem 23 anos e mora em Nova York e Crystal está com 19 anos. Estou sofrendo da tal síndrome do ninho vazio. Passando por ela com solidão, compreensão e alegria,
pois, eles indo embora é sinal que minha educação foi ótima. Estou preparada para ser avó, mas, ainda não estou preparada para não ser desejada. Percebo que a
vontade de amar e ser amada perdura sempre na vida.
Uma vez li em entrevista sua que é importante ter um amor, ter um projeto de vida e não se deixar levar pela carência afetiva. E, a vida amorosa, como está?
Estou casada comigo. E, nos damos muito bem. Tenho alguns namoricos que me fazem muito bem, mas, nada sério. Estou bem feliz, sem carências. A vida é múltipla.
E, qual é o seu projeto de vida a curto prazo?
Ter saúde, ter e dar alegria. Deixe o governo dar o pão-sem corrupção - e nós o circo.” 

Fonte: CONTA MAIS.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Entrevista Por Alessandro Lo-Bianco.

Aos 61 anos, a atriz Claudia Alencar conta como faz para se manter bonita, saudável e de bem com a vida.
Ninguém pode dizer que viver é uma tarefa fácil! Mas, também, ninguém pode afirmar que estar de bem com a vida é uma tarefa difícil. Afinal, o que é a felicidade? Um estado de espírito, um sentimento, uma energia cósmica? Até hoje, ao certo, ninguém conseguiu definir exatamente a sua fórmula. Alguns livros de autoajuda até que tentaram e disseram o lugar aonde ela poderia estar, mas, não conseguiram mostrar, com clareza, o caminho para se chegar lá. Algo parecido com “A felicidade esta no alto da montanha no norte do Tibet, no meio de quatro pedras orientais sagradas, em formato de uma flor”. Mas como alcançá-la? Aí esta o problema, caro leitor. O fato é que, ao menos, a ciência já comprova: quanto mais satisfeito com a vida você estiver, maiores chances você terá de viver uma vida mais saudável e duradoura. E é justamente este o pensamento da atriz Cláudia Alencar. Aos 61 anos de idade e dona de uma beleza e saúde inquestionável, a artista fala nesta entrevista sobre alguns ingredientes essenciais para deixar a receita da nossa vida ainda mais saborosa! Confira!



Não é nenhum absurdo dizer que, aos 61 anos, você tem deixado algumas “mocinhas” no chinelo. Qual é o segredo?
Para mim, o segredo é a disciplina, que leva à liberdade. Liberdade de poder correr, subir em árvores e trabalhar sem se cansar. A mente comanda o que penso, o que como e o que faço. O importante é sempre ter metas. E uma delas na minha vida foi optar por ser saudável.
Dizem que a felicidade é um ingrediente essencial…
Com certeza! Enfrentar as dificuldades com humor e de forma leve é a melhor maneira de preservar a saúde. O stress, a falta de sono e a pressão exagerada trás mais doenças do que imaginamos. Por isso, procuro ser tranquila. Tento.
Muita gente se diz feliz por mera aparência, enquanto é notório que não estão de bem com a vida. O que você poderia dizer para estas pessoas?
Falar salva, a mudez mata. Falar, escrever, pintar, dançar, cantar, fazer algum esporte e falar, falar sempre salva! Nós não podemos ficar alimentando o lixo interno! Se não expressamos nossas mágoas, elas irão se transformar em algum monstro mais tarde. É preciso extravasar através da arte, da religião, da terapia, de alguma maneira e sempre falar, dissolvendo o nó da garganta!
Qual é a sua válvula de escape?
Escrevo, medito, vou à terapia, falo, falo… Ando na praia e entro no mar. Pinto. Canto. Escrevo de novo. Vou ao cinema, teatro e, se puder viajar, é uma das saídas também.
O que é o amor pra você? Pode descrevê-lo ao seu pensamento?
Amor é a gente pensar como o outro pensa. É amar “apesar de” e também “por causa de”. É estar feliz só com a companhia do outro, mesmo quieto. Sentir alegria, quando se está junto e saudades quando estamos longe. É se alegrar com as vitorias do outro como se fossem nossas e ficar triste com suas tristezas como se fossem nossas também. É crescer e fazer o outro crescer. Amor é construção. É paixão com equilíbrio. É dar o seu melhor e aceitar o melhor do outro. É preciso saber dar e não só receber. Amar é a maior preciosidade do Universo. É para isso que vivemos. “A Vida é a Escola e o Amor é a sua lição”. Por isso, tento ser boa aluna.
No seu caso, que papel tem a família?
Minha família é minha raiz, meu sustentáculo. Minha razão de ser. E tenho uma família alegre e amorosa. A paz no meu lar vem da alegria e do amor que temos uns pelos outros. A gente gosta de se zoar, de rir, fazer programas juntos e brincar. Construí uma família alegre, gozada, e muito amorosa.
O que você faz todos os dias que influencia diretamente na sua saúde e felicidade?
Tomo sempre um suco de verduras todas as manhãs e busco me exercitar todos os dias. Não abro mão! Também medito todas as manhãs, antes de me levantar da cama.
Qual foi o momento mais difícil da sua vida?
Quando estava fazendo Hilda Furacão na TV e, ao mesmo tempo, A Partilha no Teatro. Minha mãe ficou doente e não pude dar assistência a ela como queria, pois quando o teatro terminava no domingo, a minissérie começava na segunda. Ia para São Paulo uma vez por semana até que mamãe morreu, e eu não pude estar ao lado dela. No dia seguinte tive que entrar em cena na Partilha e fazer a peça como se nada tivesse acontecido. E na peça, o primeiro ato abria no velório da mãe, e as irmãs ficavam o tempo todo olhando o caixão e fazendo gracinhas. Eu fazia comédia no palco e chorava depois no camarim. Ali eu vi que era uma atriz de verdade.
E como conseguiu superar isso?
Desenhei muito. Não pude escrever, porque a dor era muito forte e a escrita é muito profunda, o que me fazia chorar ainda mais. Desenhar me levava a outro mundo e eu sublimava a dor. Não fui mais alegre durante muito tempo, até que comecei uma terapia. Foi aí que o mundo mudou. Ficou tudo muito mais simples quando falei minhas magoas na terapia. Desta forma consegui fazer o luto e a alegria voltou.
Quem é o seu maior exemplo, e o que ele fez para que se tornasse um?
Admiro muito Bibi Ferreira por sua garra e talento. Ela é uma das maiores atrizes que temos. Tem muita vitalidade, quer sempre aprender, é generosa, ensina todos os segredos do palco, é paciente, alegre, talentosa e está sempre elogiando as pessoas. Um ser extraordinário.
Um livro e um filme que você recomenda pra melhorar a vida e o pensamento das pessoas?
Um filme: “A Viagem de Chihiro”. E um livro “A Historia íntima da Humanidade”.
Uma receita para levar felicidade à mesa das pessoas…
Uma boa conversa, bela amizade, um prato de peixe cozido maravilhoso, uma bela salada, uma farofa de cuscuz marroquino e uma taça de vinho branco.
O que você pensa a respeito da forma como os governantes vêm conduzindo as coisas em nosso país?
Sinto-me enganada sempre. Quando começo a ter alguma esperança, verifico depois que fui enganada. Acho que nossos governantes são muito corruptos e que a Justiça se faz sazonalmente. O Brasil está se recuperando graças ao nosso povo e a economia mundial que precisa das nossas matérias primas. Espero sinceramente que nossos governantes tenham orgulho de serem brasileiros e lutem pelo nosso povo, e não só por si e suas famílias.


BATE BOLA
Um ídolo: Woody Allen.
Um inimigo: Políticos corruptos.
Amizade: Amor sem sexo.
Um sonho realizado: Ser atriz.
Um prato: Peixe ao sal grosso.
Uma música: “Resistiré” com Duo Dinamico, trilha sonora de Almodóvar.
Um lugar: New York.
Um amor: Da minha mãe.
Um arrependimento: Não ter tido mais dois filhos.
Uma qualidade: Persistência.
Um defeito: Não lembrar do aniversário de ninguém. Só dos filhos.
Uma frase: Ansiedade é falta de delicadeza com o andar da natureza.
Um ensinamento inesquecível: Primeiro o Dever depois o Prazer.




FONTE: